Um dos aspectos mais importantes é
que a informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário
educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio
social vêm aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem
passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia.
A informática educacional tem como
objetivo permitir aos alunos o contato com este mundo informatizado, sendo mais
um recurso para haver uma aprendizagem mais prazerosa, através de softwares
educativos com conteúdos trabalhados em sala de aula pelo professor.
Trabalhar com o computador é uma
possibilidade de ampliar e diversificar a prática pedagógica. O computador
possibilita a utilização de estratégias que não se restringem ao simples uso e
manuseio de uma máquina.
De acordo
com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), a escola faz parte do mundo e
para cumprir sua função deve estar aberta a incorporar novos hábitos,
comportamentos, percepções e demandas.
Considerando ainda a rapidez com
que se dá a produção de conhecimento e a circulação de informações no mundo
atual, a incorporação das inovações tecnológicas irá contribuir para a melhoria
da qualidade na educação. Contudo, a simples presença das tecnologias na escola
não é, por si só, garantia dessa maior qualidade.
Segundo o PCN, a tecnologia deve
ser usada na escola para ampliar as opções didáticas do educador, com o
objetivo de criar ambientes de ensino e aprendizagem que favoreçam a postura
crítica, a curiosidade, a observação e principalmente a autonomia do aluno.
O educador continua sendo quem
planeja e desenvolve as situações de ensino a partir do conhecimento que
possuem e dos processos de aprendizagem, desta vez utilizando a ferramenta
tecnológica como mais um recurso para ensinar e aprender. Ele é responsável
pelos processos que desencadeia para promover a construção de conhecimentos, e
nesse sentido é insubstituível.
A tecnologia deve ser utilizada
como recurso para apresentar e aprofundar conteúdos curriculares, não somente
para ensinar programas de informática, pois o objetivo não é formar técnicos em
informática.
O ideal é estabelecer objetivos
pedagógicos para que as atividades tenham significados e façam do laboratório
uma extensão da sala de aula, um verdadeiro ambiente de aprendizagem.
Segundo Fróes (apud LOPES, 2002),
a tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes
consideradas como extensões do corpo, à máquina a vapor que mudou hábitos e
instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e
culturais, a tecnologia nos transportando ou mesmo nos substituindo em
determinadas tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos
assustam...
De acordo com Borba (2001, p.46),
quando coloca “seres humanos – com – mídias” dizendo que “os seres humanos são
constituídos por técnicas que estendem e modificam o seu raciocínio e, ao mesmo
tempo, esses mesmos seres humanos estão constantemente transformando essas
técnicas”.
Para Flores (1996), "a
informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos
conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um
complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do
indivíduo”.
O autor ainda coloca que mesmo
diante desta nova realidade e do avanço da informática, o professor deve
repensar sobre sua prática, utilizando a tecnologia ao seu favor.
É preciso que a escola mobilize
seu corpo docente sobre a importância da informática educacional.
Mobilizar o professor significa
mudança de paradigmas, acreditar que a tecnologia é sua aliada na construção da
sua prática, isto não o tornará um especialista na área, mas é preciso criar
condições e querer se apropriar deste conhecimento, para saber usá-lo
adequadamente em seu dia a dia com o aluno.
O importante é que o professor se
sinta como uma peça participativa do processo, seja parte integrante da
construção deste novo conhecimento, se atualizando constantemente e criando
novas estratégias de aprendizagem e enfrentando estes novos desafios.